quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O DNA humano é uma Internet biológica.


O DNA humano é uma Internet biológica e superior em muitos aspectos a uma rede artificial. 

A mais recente pesquisa científica russa, direta ou indiretamente, explica fenômenos como a clarividência, a intuição espontânea e atos remotos de cura, auto-cura, as técnicas de afirmação vocal (decretos), a luz incomum / aura em torno de pessoas, influência da mente/pensamentos sobre padrões climáticos, e muito mais.
 
Além disso, há evidências de um novo tipo de medicina nas quais o DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e freqüências/som (O Verbo) SEM remover e substituir um único gene, ou sem a prática da medicina invasiva convencional.

Apenas 10% do nosso DNA está sendo usado para construir proteínas. 

É este subconjunto do DNA que é do interesse dos pesquisadores ocidentais e está sendo examinado e categorizado. Os outros 90% são considerados "DNA lixo". Os investigadores russos, no entanto, convencidos de que a natureza não era estúpida (como os cientistas conseguem ser na maioria das vezes), se juntaram a lingüistas e geneticistas em uma aventura para explorar os 90% do assim chamado "DNA lixo". Seus resultados, descobertas e conclusões são simplesmente revolucionários!
 
Segundo eles, nosso DNA não é apenas responsável pela construção do nosso corpo, mas também serve como armazenamento de dados e de comunicação. Os lingüistas Russos compreenderam que o código genético, especialmente nos 90% aparentemente inúteis, seguem as mesmas regras que todas as nossas linguagens humanas. Para este fim, eles compararam as regras da sintaxe (a forma em que as palavras são unidas para formar frases e sentenças), a semântica (o estudo do significado nas formas de linguagem) e as regras básicas da gramática.
 
Eles descobriram que os alcalinos de nosso DNA seguem uma gramática regular e estabelecem regras como as nossas linguagens. Assim as linguagens humanas não surgiram coincidentemente, são um reflexo (efeito) do nosso DNA inerente. O biofísico russo e biólogo molecular Pjotr Garjajev e seus colegas exploraram também o comportamento vibracional do DNA. 
 
O resultado foi: "Cromossomos vivos funcionam como solitônicas / computadores holográficos que usam a irradiação Laser do DNA endógeno". Isso significa que eles conseguiram, por exemplo, modular a freqüência de certos padrões em um raio laser e com isso influenciar a freqüência do DNA e, assim, a própria informação genética. Desde que a estrutura básica dos pares alcalinos do DNA e da linguagem (como explicado anteriormente) são da mesma estrutura, nenhuma decodificação do DNA é necessária.
 
Pode-se simplesmente usar palavras e sentenças da linguagem humana! Isto, também, foi provado experimentalmente! A Substância viva (DNA no tecido vivo, não in vitro), sempre reagirá aos raios laser modulados na linguagem e até às ondas do rádio, se as freqüências apropriadas estiverem sendo usadas.
 
Isso explica finalmente e cientificamente por que as afirmações, ORAÇÕES, os decretos, recitação de mantras, o treinamento autógeno, HIPNOSE e similares podem ter efeitos tão fortes nos seres humanos e em seus corpos. É perfeitamente normal e natural para o nosso DNA reagir à linguagem humana (o poder do Verbo). Enquanto os pesquisadores ocidentais cortam genes simples das fibras do DNA e inserem-nos em outra parte, os Russos trabalharam entusiasticamente nos artifícios que podem influenciar o metabolismo celular através das adequadas freqüências moduladas de rádio e luz e assim reparar defeitos genéticos.
 
Pjotr Garjajev e seu grupo de pesquisa conseguiu provar que com este método cromossomos danificados por raios-x, por exemplo, podem ser reparados. Eles capturaram padrões de informação de um DNA particular e os transmitiram para outro, reprogramando assim as células para outro genoma. Assim eles transformaram com êxito, por exemplo, embriões da rã para embriões de salamandra, simplesmente ao transmitirem os padrões de informação do DNA! Desta forma, toda a informação foi transmitida sem quaisquer dos efeitos secundários ou desarmonias encontrados quando se extrai "cirurgicamente" e se reintroduz genes simples do DNA. Isto representa uma revolução inacreditável e uma transformação mundial e sensacional! Tudo isto pela simples aplicação da vibração e da linguagem em vez do procedimento de corte cirúrgico arcaico!(dissecação). 

Este experimento demonstra o poder imenso da genética, que obviamente tem uma influência maior na formação dos organismos do que os processos bioquímicos das seqüências alcalinas.


Fonte: http://mickbernard.blogspot.com.br/2012/09/o-dna-humano-e-uma-internet-biologica.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+ObservatorioCosmico+%28Observat%C3%B3rio+C%C3%B3smico%29

sábado, 10 de novembro de 2012

HIPNOSE: O PODER ELÁSTICO DO CÉREBRO

A plasticidade do cérebro e outras possibilidades por meio da hipnose moderna trazem um novo caminho para o psicólogo e outros profissionais da saúde, com resultados comprovados e eficazes

Por Alexandre Bortoletto


A hipnose é definida como um estado alterado de consciência ampliada, em que o sujeito permanece acordado todo o tempo, experimentando sensações, sentimentos, talvez tendo imagens, regressões, anestesia, analgesias e outros fenômenos enquanto está nesse estado. Assim, poucas palavras têm o poder de despertar reações tão hipnóticas quanto o próprio termo hipnose. A prática moderna da hipnose se estende atualmente por diversas áreas, como a Medicina, a Odontologia e a Psicologia. Podemos afirmar que a sua utilização se encontra presente em toda história da humanidade. Os acontecimentos chamados hipnóticos fazem parte da vida dos seres humanos continuamente. Todos os dias e a cada instante estamos embutidos nesse chamado “estado alterado de consciência”. 

Algumas pessoas a consideram um embuste ou algo que só serve para fazer com que alguém tenha ações específicas: agir como animais ou provar alimentos picantes. Há quem acredite que cura todos os tipos de patologias e há aqueles que a acham tão perigosa que deveria ser completamente abandonada.

Imagens: Shutterstock e arquivo Ciência e Vida
Alguns acreditam que a hipnose cura todos os tipos de patologias e há quem ache que só serve para fazer com que certas pessoas tenham ações específicas, como provar alimentos picantes
O Dr. Milton Erickson estudou profundamente a hipnose e seus fenômenos durante toda sua vida, demonstrando-a como um fenômeno natural da mente humana, bem como sua existência e efeitos no cotidiano. Uma das suas contribuições para a Psicologia foi o conceito de utilização da realidade individual do paciente, a terapia naturalista, as diferentes formas de comunicação indireta, a técnica de confusão e de entremear. Dessa forma, o legado do Dr. Erickson contribuiu para diversas escolas e campos de conhecimento que tratam da relação entre cognição, comportamento e atividade do sistema nervoso em condições normais ou patológicas, como o caso da própria neuropsicologia, que tem caráter multidisciplinar e apoio na Anatomia, Fisiologia, Neurologia, Psicologia, Psiquiatria e Etologia, entre outras ciências. Assim, a questão que fica: seria possível promover a reabilitação neuropsicológica pelo princípio da plasticidade cerebral através das ferramentas de hipnose?

A prática moderna da hipnose se estende atualmente por diversas áreas, como a Medicina, a Odontologia e a Psicologia

A melhor resposta pode ser descrita pelo próprio Milton Erickson, ele mesmo acometido pela poliomielite e suas consequências que o acompanharam durante a vida. Dr. Erickson, em muitos de seus artigos, livros e seminários didáticos, relatava que usava o próprio transe hipnótico como uma forma de manter um estado adequado, sem dor e, consequentemente, viver melhor. Dessa forma, percebemos a auto-hipnose como uma ferramenta importante nessa intervenção cerebral.

Imagens: Shutterstock e arquivo Ciência e Vida
Nos programas de reabilitação com hipnose, é comum a utilização de diferentes técnicas com cada tipo de paciente, como atendimento individual e em grupo, e até orientação e replanejamento vocacional

Pesquisas recentes

As pesquisas atuais estão avançando no sentido de aprofundar os conhecimentos sobre os mecanismos de recuperação funcional, bem como sobre os fatores relacionados às variações interindividuais. Novas abordagens quanto aos dados empíricos permitem delinear uma nova visão do sistema nervoso como um órgão dinâmico, constituindo uma unidade funcional com o corpo e o ambiente.

Atualmente, quando se fala em reabilitação neuropsicológica, devemos pensar que existem técnicas de reabilitação que podem atuar em níveis diferentes, como o treino cognitivo que trabalha a restauração da função, as estratégias compensatórias (internas ou externas), que atuam no nível da atividade, e participação social, com o intuito de tornar o indivíduo mais participativo. Além disso, é comum nos programas de reabilitação a utilização de diferentes técnicas com cada tipo de paciente, como atendimento individual e em grupo, psicoterapia para ampliação da percepção e aceitação dos déficits, orientação e replanejamento vocacional. O profissional em reabilitação tem de buscar algo que vá ao encontro das necessidades de cada paciente e o contexto biopsicossocial no qual está inserido. 

Partindo do pressuposto de que existem diversas técnicas de reabilitação, o interessante é realizar uma discussão sobre o uso da hipnose enquanto ferramenta em reabilitação neuropsicológica, especificamente atuando em neuroplasticidade.

A plasticidade cerebral pode ser definida como uma mudança adaptativa na estrutura e função do sistema nervoso que ocorre em qualquer fase do desenvolvimento, como funções de interação com o meio ambiente interno e externo, ou ainda como resultante de lesões que afetam o ambiente neuronal. Além disso, a plasticidade cerebral constitui-se de um processo dinâmico, em que se relacionam as estruturas e suas funções, proporcionando respostas adaptativas que são impulsionadas por desafios do meio ou alguma lesão, se mantendo ativa, em diferentes graus, durante toda a vida inclusive na velhice. 

Imagens: Shutterstock e arquivo Ciência e Vida 
Doutor Hipnose
A hipnose passou por grandes transformações, desde a sua popularização por Jean-Martin Charcot e Sigmund Freud, no início do século XX. Atualmente, a denominada hipnose moderna não atua mais numa relação de poder entre médico e paciente. No final da década de 1950, o psiquiatra norte-americano Milton Erickson desenvolveu um trabalho em que associava a hipnose às psicoterapias de forma bastante diferente da utilizada até então. Erickson analisava os sintomas e buscava desvendar a maneira com que o paciente causava problema a si mesmo. Paraplégico devido à poliomielite, foi muito bem-sucedido ao longo de sua carreira e tornou-se conhecido como “Dr. Hipnose”. O psiquiatra fundou e presidiu a American Society of Clinical Hypnosis e também a revista American Journal of Clinical Hypnosis.

Os neurocientistas constataram que o grau de neuroplasticidade varia conforme a idade do indivíduo. Como exemplo, durante o desenvolvimento ontogenético, o sistema nervoso é mais plástico. Essa é a fase da vida do indivíduo onde tudo se constrói e se molda de acordo com o genoma e as influências do ambiente. Porém, mesmo durante o desenvolvimento, existe uma fase de maior plasticidade denominada período crítico, na qual o sistema nervoso é mais suscetível às transformações provocadas pelo meio ambiente externo. Após o organismo ultrapassar essa fase e atingir a maturidade, sua capacidade plástica diminui, se modifica, mas não se extingue. Há várias formas de neuroplasticidade, como: regeneração, plasticidade axônica, plasticidade sináptica, plasticidade dendrítica e plasticidade somática.

Para pensar no poder elástico do cérebro e relacionar com a hipnose moderna empregada pelo Dr. Milton Erickson é necessário verificar, dentro da própria vida deste, uma similaridade curativa, onde essa neuroplasticidade desempenhou um papel de reestruturação nele mesmo, como descrito acima.
Nessa inter-relação sistêmica, entre corpo e ambiente, podemos estabelecer uma percepção avançada ao ver que Dr. Erickson, por si mesmo, desenvolveu um tipo especial de concentração mental para qualquer movimento mínimo, refazendo mentalmente cada movimento repetidas vezes, de forma a fazer uma nova ligação de aprendizado entre os fatores pensantes da sua subjetividade e a reação física dos movimentos. A comprovação dessa prática fora descrita nos artigos médicos acadêmicos que ele havia escrito. Outras enfermidades também acompanharam a vida de Erickson, como o daltonismo e a deficiência auditiva, podendo parecer para qualquer pessoa como problemas ou grandes dificuldades para viver. Mas Dr. Erickson descreveu e utilizou destas os seus próprios recursos para desenvolver uma abordagem terapêutica que se tornou reconhecida pela eficácia e elegância de aplicação, utilização e resultados imediatos, além da reabilitação neuropsicológica autoapresentada.

Erickson estudou profundamente a hipnose e seus fenômenos durante toda sua vida, demonstrando-a como um fenômeno natural

SABER MAIS
Metáforas: uma loja de presentes

Metáfora vem do grego metaphorá, que significa meta (“além”) mais phorein (“transportar de um lugar para outro”). A metáfora é mais conhecida como uma figura de linguagem através da qual descrevemos uma coisa em termos de outra, como na famosa frase de Shakespeare em Romeu e Julieta: “Julieta é o sol”. A metáfora está intensamente, embora imperceptível, presente em tudo, desde a economia e a propaganda até a política e os negócios, na ciência e na Psicologia, ou seja, vivemos em um mundo repleto de símbolos e linguagem metafórica.
Uma parte interessante do poder transformador da metáfora é sua presença nas fábulas, parábolas e histórias infantis de todo mundo. Dessa forma, ao contar para as crianças uma metáfora, estamos criando, através de suas próprias representações internas, uma semente de mudança, onde os recursos admirados dos personagens e heróis, como coragem, força, determinação, paciência, entre outros, podem favorecer em muito o processo de a criança lidar com o medo, a timidez, a frustração e a superação de obstáculos no desenvolvimento infantil. Assim, podemos dizer que quando contamos uma metáfora para nossos filhos e eles ficam focados e absorvidos pelo encanto da história, estamos sendo ótimos hipnotistas.
As brincadeiras, os jogos, os desenhos e várias outras atividades infantis e de adolescentes funcionam como metáforas que facilitam o processo de mudança e aprendizagem. Uma verdadeira loja de presentes para o inconsciente e o processo hipnótico.

Imagens: Shutterstock e arquivo Ciência e Vida
O grau de neuroplasticidade varia conforme a idade do indivíduo. Durante o desenvolvimento ontogenético, por exemplo, o sistema nervoso é mais plástico e mais suscetível às transformações do meio ambiente externo

Presente de grego?
A hipnose ericksoniana pode ser vista como um “cavalo de troia”, em que é ofertado um presente disfarçado ao sujeito, no qual este, nessa condição, recebe e se faz elaborar internamente questões e ensaios, como uma espécie de trabalho que nasce de dentro, recuperando neurônios ao gerar a plasticidade cerebral necessária para a reabilitação funcional. Através da própria sugestão (auto-hipnose) ou ao induzir pacientes pelo instrumento da hipnose, podemos criar novas representações subjetivas, novas ressignificações e novas conexões; dessa forma, manter um ambiente interno capaz de promover mudanças ou simplesmente ajudar o sujeito a encontrar recursos internos para auxílio na reabilitação neuropsicológica.

Uma das formas de aplicação da hipnose elaborada pelo Dr. Erickson está na maestria da utilização da linguagem analógica, por comparação, em que as metáforas, alegorias e anedotas faziam um papel desse “cavalo de troia” mencionado anteriormente, um disfarce linguístico na condução do transe hipnótico.

Ao observar a forma de trabalho hipnótico do Dr. Erickson, pode-se perceber a clara intenção de ofertar presentes linguísticos ao inconsciente do sujeito hipnotizado. Quando Erickson contava a um paciente sobre o caso de outro paciente, na verdade sua intenção esperada seria que o próprio paciente fizesse a relação com sua história de vida. Se o relato tivesse uma solução ou alternativa para um problema que estava sendo trabalhado, o paciente encontraria relações com esse fato, se comparando ao mesmo e encontrando na sua própria história recursos internos para enfrentamento da situação problema.

Para ilustrar tal metodologia, podemos citar Rosen (1982), em que o Dr. Erickson utilizava uma passagem de sua própria história, quando criança, com a intenção de estabelecer vínculo com o paciente e permitir que o mesmo falasse de seu problema, com confiança e assertividade necessárias. “É... você sabe, bom... vou iniciar nossa sessão contando um trecho interessante da minha vida... foi assim: ...muita gente estava preocupada comigo porque eu já tinha quatro anos de idade e ainda não falava e uma irmãzinha minha, dois anos mais nova, já falava, e continua falando, mas até agora não disse quase nada. E... muitos ficavam aflitos porque eu era um menino de quatro anos que não podia falar... Minha mãe dizia confiante: ‘vai falar quando chegar a hora’” (ROSEN, 1982, p. 67).

Novas abordagens quanto aos dados empíricos permitem delinear uma nova visão do sistema nervoso como um órgão dinâmico

Dessa forma, o paciente poderia elaborar o melhor momento para falar com confiança. Como Rosen (1982) menciona, nesse exemplo se destaca a convicção do Dr. Erickson de que se pode confiar que a mente inconsciente terá as respostas certas no momento oportuno. E, se essa história fosse contada a um paciente que começa a experimentar o transe hipnótico, poderia tranquilizá-lo no sentido de que pode aguardar, sem preocupações, até que apareça o impulso para falar algo relevante, ou até que possa revelar, de uma maneira não verbal, as suas mensagens inconscientes.
Ao pensar dessa forma, poderíamos trazer a seguinte questão: “O que aconteceria se fosse dada uma relação metafórica para um paciente em reabilitação neuropsicológica de que outra pessoa conseguiu resultados importantes com determinado pensamento ou atividade?”. Se a metodologia e ferramentas aplicadas pelo Dr. Erickson estiverem certas, a reabilitação neuropsicológica estaria sendo auxiliada pela linguagem e comunicação do psicoterapeuta, favorecendo assim a neuroplasticidade e provável recuperação de um paciente.

Ao tratarmos de conhecimento científico, é necessário enfatizarmos que este pode criar paradigmas, conceitos e visões referentes ao mundo, à maneira como encaramos a nós mesmos, nosso cérebro e as relações externas que nos cercam. A ciência cria modelos teóricos com suas visões sobre como operamos no mundo, desenvolvemos nossa personalidade, construímos nossa subjetividade e o modo como nosso cérebro se desenvolve e se adapta. Tais modelos teóricos estão em constantes mudanças e recriações.

É justamente nesse ponto que se concebe que o legado de Erickson consiste prioritariamente em um presente de grego, na medida em que convida seus interlocutores às transformações profundas não apenas em suas formas de abordagem terapêutica, mas também a uma revisão crítica de todos os momentos e situações onde o conhecimento se constrói.

O profissional em reabilitação tem de buscar algo que vá ao encontro das necessidades de cada paciente

Imagens: Shutterstock e arquivo Ciência e Vida
Através da própria sugestão (auto-hipnose) ou ao induzir pacientes pelo instrumento da hipnose, podemos criar novas representações subjetivas, novas ressignificações e novas conexões

Papel do terapeuta
 
Em Psicologia, podemos levar esse conhecimento a novos caminhos, indo além de simples acolhimentos a pacientes com lesões funcionais, mas podendo influenciar positivamente na reconstrução e reabilitação do sujeito atendido.

O papel do psicólogo como profissional deve carregar um arquétipo de curador, em que sua figura traz conforto, aceitação e, principalmente, a esperança de recuperação. Neste momento, fica a importância de esse profissional perceber que o ser humano é constituído pelo princípio do biológico, psicológico e social. Naturalmente, através da constante pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas, nós, os psicólogos, podemos agregar mais e ajudar outros profissionais da área médica na recuperação de pacientes com lesões neuropsicológicas.
Hipnose: uma história
Ao longo da história, pode-se perceber três momentos distintos no desenvolvimento da hipnose. Primeiramente, a hipnose foi a forma mais antiga de cura utilizada pelos sacerdotes. Não era usada nos termos formais, mas utilizavam-se processos e procedimentos hipnóticos, como os rituais para a cura de dores e doenças. Já em seu segundo momento, Franz Anton Mesmer (1734- 1815), médico austríaco do século XVIII, interessado no magnetismo animal que seria responsável pela cura de dores e doenças e na influência dos corpos celestes, iniciou os seus estudos. O terceiro momento é conhecido como hipnose moderna, desenvolvida por Milton Erickson (1901-1980), psiquiatra americano que expandiu e reformulou a forma de se compreender a hipnose, suas utilizações e a maneira de trabalhar seus fenômenos.

Quando consideramos a hipnose como instrumento ou simplesmente como uma forma de comunicação, abre-se a escolha para todas as linhas terapêuticas, seja comportamental, humanista, psicanalista ou cognitiva. Partimos do pressuposto de que, para atuar, o psicólogo precisa se comunicar e comunicação é redundância, sempre estamos comunicando algo. A hipnose moderna, termo considerado após Erickson, é uma forma de comunicação elegante, às vezes formalmente, com os olhos fechados em profundo estado alterado de consciência ou simplesmente de forma coloquial, como uma conversa, ao contar uma história ou relatar um fato, pode trazer dentro desse conto uma semente de mudança em reabilitação. O poder elástico do cérebro, sua plasticidade e outras possibilidades através da hipnose moderna trazem um novo caminho para o psicólogo e outros profissionais da saúde, com resultados comprovados e eficazes. Ignorar esse conhecimento pode significar ignorar as próprias condições do ser humano e do profissional psicólogo, onde a curiosidade por novas descobertas trará novos resultados no futuro.


As metáforas, alegorias e anedotas têm um papel importante e servem como um disfarce linguístico na condução do transe hipnótico, permitindo o estabelecimento de um vínculo com o paciente
 
REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. V., SANTOS, F. H., BUENO, F. A. O. Neuropsicologia hoje. São Paulo: Editora Artes Médicas, 2004.

BAUER, S. Manual de Hipnoterapia Ericksoniana, 1ª ed., Belo Horizonte: Editora Wak, 2010.
HAASE, V. G., LACERDA, S. S. Neuroplasticidade, variação interindividual e recuperação funcional em Neuropsicologia - temas em Psicologia da SBP, Belo Horizonte, v. 12, no 1, 28-42, 2004.
MELLO, C. B., MIRANDA, M.C. MUSKAT, M. Neuropsicologia do desenvolvimento - conceitos e abordagens. São Paulo: Editora Memnon, 2005.
NEUBERN, M. S. Milton H. Erickson e o cavalo de troia: a terapia não convencional no cenário da crise dos paradigmas em Psicologia Clínica. Porto Alegre: Psicol. Reflex. Crit., v. 15, no 2, 2002.
ROSEN, S. Minha voz irá contigo, 2ª ed., Campinas, SP: Editora Psy, 1982.

Alexandre Bortoletto é psicólogo e instrutor da SBPNL – Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística. Atua como psicoterapeuta, hipnoterapeuta e professor de cursos na área de desenvolvimento de competências. Contato: www.alexandrebortoletto.com / email: contact@alexandrebortoletto.com


FONTE: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/83/artigo272975-1.asp

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

HIPNOSE CONTRA A MENOPAUSA

Pesquisa mostra que o método diminuiu em até 80% a frequência e a severidade das ondas de calor sofridas pelas mulheres nessa fase da vida

 

Cilene Pereira
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Um recurso interessante mostrou eficácia para aplacar as ondas de calor que tanto aborrecem as mulheres na menopausa. Cientistas da Baylor University, nos Estados Unidos, divulgaram na semana passada uma pesquisa na qual relatam que a hipnose foi capaz de reduzir em até 80% a frequência e a intensidade das crises, segundo observação das mulheres que participaram do trabalho. Elas também contaram que passaram a sentir menos ansiedade, depressão e relataram sensível melhora na qualidade de vida.

O estudo foi conduzido pelo Departamento de Pesquisa de Medicina Mente-Corpo. Foram selecionadas 187 mulheres que reportavam sofrer pelo menos sete episódios de ondas de calor por dia. Elas foram divididas em dois grupos: um foi submetido a cinco sessões semanais de hipnose e o outro (controle), a sessões nas quais ouviam orientações sobre como lidar com o problema. Além disso, foram orientadas a registrar em um diário a intensidade e a frequência das crises e também usaram um sensor sobre a pele (o recurso media com mais precisão a severidade das crises).

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A experiência durou 12 semanas. Ao final desse período, a diferença de resultados entre os grupos foi impressionante. As mulheres hipnotizadas disseram ter sentido uma redução de 80% na frequência e intensidade das ondas. Entre as outras, o índice foi de 15%. As informações registradas pelo sensor também mostraram um panorama muito distinto: entre as que fizeram as sessões de hipnose, a diminuição na intensidade das ondas foi de 57%. Já entre as demais, a taxa foi de apenas 10%.

Os cientistas não sabem ao certo o mecanismo responsável por esses efeitos. “Essa é uma questão que desejamos responder nos próximos estudos”, disse à ISTOÉ Gary Elkins, autor do trabalho. O próximo passo da experiência é determinar se a terapia pode ser aplicada e obter resultado por meio de vídeo. “Queremos tornar o método acessível ao maior número possível de mulheres”, explicou o cientista. Na sua opinião, a hipnose pode beneficiar a todas elas. “Aquelas que possuem boa habilidade para ser hipnotizadas conseguem se beneficiar mais rapidamente, mas com a prática regular a maioria das mulheres pode usufruir dos bons efeitos da hipnose”, afirmou Elkins.  
Foto: shutterstock

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/250790_HIPNOSE+CONTRA+A+MENOPAUSA
 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Hipnose: conheça o poder da sugestão nos concursos


A hipnose é frequentemente tratada com ironia e sarcasmo em filmes de humor. Em 'Os Saltimbancos Trapalhões', Renato Aragão, ou melhor, Didi Mocó, arrancava risos dos telespectadores ao repetir para colegas de elenco: "eu vou popotizar você". A cena, de tão clássica, está até disponível no youtube... Pois saiba que, zombarias à parte, a hipnose deve ser levada a sério. Ela uma técnica milenar que tem o objetivo de provocar um estado alterado da consciência, aumentando a capacidade de receber e aceitar sugestões. Este poder muitos já reconhecem. O que poucos sabem é que a hipnose pode resultar num transe com saldo positivo também para os concurseiros.

Ao causar impactos físicos e psíquicos, a sessão influencia diretamente nas percepções, sensações e emoções de quem está sendo hipnotizado. Além de seu uso em terapias, para resolver problemas de ordem emocional - como traumas, por exemplo - a técnica pode ser usada para auxiliar nos estudos. Quem garante este resultado é o Dr. Anderson Mendonça, psicólogo, pós-graduado em Hipnose e diretor da Sociedade de Hipnose Médica Brasileira, além de possuir a única clínica especializada no Rio de Janeiro.

A definição não é lá muito simples, mas também não é impossível de ser entendida. Considerando a definição de 'poder de aprendizado' como sendo 'o tempo gasto para aprender', a hipnose para promoção da 'super aprendizagem' é usada para fazer com que o indivíduo seja capaz de assimilar, entender ou compreender o máximo de informações no menor espaço de tempo. O interesse em utilizar esta técnica em favor da preparação para concursos, nos conta o doutor, surgiu a partir da observação dos seus efeitos benéficos em casos surgidos no consultório.

Ingrid Reis, bacharel em Direito e paciente de Anderson há 5 meses, está estudando para concursos para a área de tribunais. Ela afirma ter procurado tratamento para diminuir a ansiedade e, depois de contar sua história ao psicólogo, recebeu como indicação a hipnose, não só para resolver suas questões pessoais, como também para ajudar nos estudos para as provas que ainda terá que enfrentar. Para ela, a hipnose já apresenta resultados. "Estou bem menos ansiosa - o que ajuda muito, já que trabalho de dia e tenho pouco tempo para estudar. Além disso, estou conseguindo lembrar das informações com mais facilidade. Minha memória parece estar ativa e, com isso, sinto-me mais motivada", diz Ingrid.

O importante no processo de hipnose, segundo o psicólogo, é o estabelecimento de um foco - da meta a ser atingida. Ela deverá permanecer na mente do paciente - neste caso, do candidato - por todo período de estudo. Ele deve saber, antes de tudo, com que finalidade está estudando. Além da questão da ansiedade. É importante controlar esse sentimento, e a hipnose, como descrito no caso de Ingrid, auxilia nesta área. "Quando se tem um objetivo na vida e tem-se a certeza de que se quer aquilo, isso aumenta o entusiasmo para conseguir alcançar a vitória. A hipnose ajuda a ordenar uma série de emoções, pensamentos e comportamentos que vão auxiliar na concretização do projeto", garante o Dr. Anderson, que vai mais além.

"A hipnose poderia ser frequentemente utilizada na área pedagógica. Porém, infelizmente essa técnica ainda é pouco explorada. Ela seria de grande contribuição para as escolas regulares, já que motivaria e aumentaria a atenção dos alunos. Contudo, é preciso alertar que a sessão deve ser feita por profissionais sérios, pois ainda há pessoas que estudam essa prática, mas que não são da área médica. Elas, sim, realmente podem acabar fazendo alguma besteira", alerta.

O diretor da Sociedade de Hipnose Médica Brasileira faz outra ressalva. Nem todos estão aptos a serem submetidos à prática. Pessoas com algum distúrbio psíquico ou psicológico, como déficit de atenção, devem tratar primeiro a questão inicial. Indivíduos com esquizofrenia ou tendências psicóticas - como ouvir vozes - não devem se submeter à técnica, que pode potencializar os sintomas indesejados. Feitas essas exceções, a hipnose não tem contra-indicações.

Há mesmo quem veja no ritual médico alguma sombra de magia ou bruxaria. Pura bobagem. "As pessoas têm medo e existem, ainda, muitos mitos antigos sobre a hipnose. Muitas pessoas pensam que vão dormir e não voltarão mais. Mas, na verdade, o indivíduo nem tem de onde voltar, pois ele não sai daqui", brinca o doutor, que conclui tranquilizando os candidatos de concurso que, talvez pelo poder de sugestão desta matéria, pensem em um dia candidatar-se à hipnose. "O máximo que o paciente pode fazer de errado aqui é relaxar demais e dormir. Aí, eu terei que acordá-lo para refazer a sessão."


Entenda como funciona a hipnose

O Dr. Andeson Mendonça explica aos leitores da FOLHA DIRIGIDA, de um modo simplificado, como funciona o processo de hipnose, que pode ser dividido em quatro fases. Na primeira etapa, o hipnólogo coloca o paciente em transe por meio de relaxamento e, prendendo a atenção do mesmo no ambiente em que ambos se encontram, faz com que ele esqueça de seus problemas e sua vida. Ou seja, fica do lado de fora da porta tudo aquilo que se passa para além dos limites do consultório.

Quando o paciente encontra-se emocionalmente isolado, isto é, com a atenção concentrada no ambiente, experimenta o chamado estado de transe. Então o hipnólogo utiliza imagens e sensações corporais para relaxá-lo mais ainda - está dado aí o passo 2. Com o indivíduo já relaxado, o hipnoterapeuta incute em sua mente as idéias previamente combinadas que, neste caso, tratam do foco nos estudos, por meio de sugestão direta. Esta é a fase 3, quando o médico fala diretamente o que quer que o paciente faça, por meio de metáforas ou imagens.

Cumprido todo esse processo, vem a tacada final. O médico conversa com o paciente, ainda em transe, para que as sensações de motivação, foco, calma e confiança continuem após a saída do consultório. A sessão encerra-se aí, neste momento. O paciente que então deixa a consultório certamente é a mesma pessoa na aparência. Mas, no comportamento, quase sempre está bem diferente daquela que entrou.

O ideal, explica o Dr. Anderson, é que alunos e candidatos interessados em aumentar sua capacidade de aprendizado procurem fazer a hipnose desde o início de seus estudos. "Com isso, o paciente aumenta a sua concentração e a atenção em relação ao estudo como um todo, sem interrupções. A hipnose contribui para potencializar a perseverança, que é muito importante em qualquer temporada de provas de concurso. O candidato acaba entrando num ciclo virtuoso, com maior interesse no estudo, poder de concentração e capacidade de captar e armazenar informações", conclui.



Fonte: http://tudoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2012/07/hipnose-conheca-o-poder-da-sugestao-nos.html

quinta-feira, 21 de junho de 2012

EMAGRECER COM HIPNOSE!!!






HIPNOSE ERICKSONIANA COMBINADA COM PNL= RESULTADOS FULMINANTES!!! MARQUE UMA SESSÃO: (O92)9186-8862

Jordan Tirekidis é um homem gordo. Obeso. Com 300 quilos, ele é o gordo mais gordo da Austrália. Para reverter o quadro e emagrecer, o sujeito agora vai recorrer à Hipnose.

Aos 44 anos, Jordan já tentou diversas dietas, sempre sem sucesso. Seus problemas com a balança iniciaram aos nove anos, quando precisou remover as amígdalas. Agora, segundo o "Orange", espera que o programa "Think Slim" (Pense Magro), do hipnotizador Mark Stephens, ajude-o a reduzir o peso em 200kg.

A técnica é simples. A Hipnose faz com que o paciente associe suas comidas favoritas a maus cheiros e imagens desagradáveis, uma técnica muito usada em PNL-Programação Neuroliguistica, que combinada com a Hipnose gera resultados surpreendentes.

sexta-feira, 9 de março de 2012



 HIPNOSE por IMPACTO
 Induções rápidas e instAntâneas 
 
Sociedade despertalista
Instituto Brasileiro de Hipnose e Psicoterapia

O que você vai aprender?
• Importância do Rapport;
• A Hipnose – Aspectos ‐ Definições ‐ O Hipnotista
• Sugestibilidade (Exercícios) – Hipnose Rápida
• Como aplicar a hipnose rápida?;
• Como é a técnica?;
• Como se colocar diante da pessoa?;
• Como conseguir que a pessoa entre em estado hipnótico
em segundos? (Mecanismos de Indução).
• As Regras da Mente
• Maneiras diferentes de se dar instruções a outra pessoa
• Comandos: Por que são acatados?.
• Mensagens de Unidade
• O que são Mensagens de Unidade?
• Como Influenciar a Mente Crítica
• Exercícios de sugestibilidade
• Hipnose Rápida - Treinamento ‐ Princípios Gerais
• Hipnose Rápida - Treinamento - Aplicações das Técnicas
• Indução Hipnótica (Método do Prof Dr Antonio Carreiro)

Facilitador : Elias Lins (Psicólogo/Psicanalista - CRP 05/40823) 

Informações:  9186-8862 falar com Danilo.
danilomlemos@gmail.com
Blog: www.hipnosemanaus.blogspot.com

 



domingo, 26 de fevereiro de 2012



Hipnoterapia como tratamento coadjuvante na Obesidade






Como a hipnose pode ajudar no tratamento da obesidade? Primeiramente vamos repensar no conceito da obesidade…
Podemos pensar na obesidade de forma diferente, como o resultado do pensamento do paciente sobre ele mesmo e sobre os alimentos, e a hipnose pode fazê-lo mudar esses pensamentos. Lembramos que a espécie de comida que uma pessoa aprecia é resultado do condicionamento. O paciente precisa estar motivado para tornar-se esbelto, modificar o estilo de vida, modificar seus pensamentos sobre os alimentos e sobre ele mesmo, aderir à atividade física prazerosa e a uma alimentação saudável e favorável. Os objetivos do tratamento com a hipnoterapia são: prevenir o aumento do peso; reduzir o peso atual e manter o peso adequado a longo prazo.
Nos tempos de informação disponível na internet, nem sempre precisa e verdadeira, grande parte dos pacientes, ao optar pelo tratamento coadjuvante pela hipnose, querem entender, opinar, interagir e, se possível, escolher o melhor caminho diante das variáveis disponíves. A equipe de profissionais (nutricionistas, endocrinologistas, entre outros) precisa estar preparada para compreender os anseios dos pacientes, dialogar e instruí-los corretamente.
O PERFIL DO OBESO
É importante avaliar a história clínica do paciente com perguntas detalhadas, o que orientará a fraseologia apropriada durante a hipnose. Algumas questões são avaliadas a fim de estruturarmos a conduta durante a hipnose, são elas: o ambiente em que o paciente vive, seu comportamento alimentar, suas crenças e valores, suas habilidades e recursos, sua identificação ou não com a imagem de gordo.
Percebe-se que a queixa típica do paciente com obesidade é chegar ao consultório contando que já tentou inúmeras vezes fazer dieta e só ingere aliemntos saudáveis, mas em determinado momento ingere alimentos altamente calóricos, que aliviam a ansiedade do momento. Posteriormente, sentem-se arrependidos por não ter podido controlar a ingestão de alimentos e muitas vezes se sentem culpados. A avaliação do que o paciente faz, pensa e sente imediatamente antes, durante, e logo depois de um episódio de compulsão alimentar proporciona subsídios para criação de sugestões hipnóticas terapêuticas. Esses pacientes apresentam autoestima muito baixa e desconforto com a imagem corporal. Há uma relação direta entre ansiedade, traço de personalidade e obesidade, e quanto maior a frequência dos episódios de compulsão alimentar, maior a preocupação com a imagem corporal. Pacientes obesos constituem uma subpopulação que responde menos aos tratamentos comportamentais convencionais para abaixar o peso e apresentam altos índices de transtornos de humor e de ansiedade.
Estados de humor disfóricos, estados de ansiedade, fome intensa e grande dificuldade no controle de impulsos frequentemente desencadeiam Transtornos Alimentares. Além disso, esses pacientes apresentam aumentada ansiedade interpessoal e percebem-se como inadequados no seu funcionamento social e pessoal. Portanto, quando um paciente obeso procura auxílio médico, deve-se obter detalhadamente história clínica e requisitar alguns exames laboratoriais, a fim de afastar alguma doença orgânica relacionada ao aumento do peso corporal.
O paciente com obesidade decorrente do excesso de ingestão de alimentos sem causas orgânicas geralmente planeja suas atividades sociais em torno da alimentação; seu ato de alimentar-se está vinculado às circunstâncias externas, não aos sinais internos do seu corpo sinalizando fome e, frequentemente, apresenta um dos seguintes motivos: recompensar-se, divertir-se, negar uma experiência agradável, ser notado (por incrível que pareça), necessidade de amor, medo (medo de tornar-se atrativo, medo da sexualidade).
COMO A HIPNOSE PODE AJUDAR NO TRATAMENTO DA OBESIDADE?
A hipnose cataloga um conjunto de procedimentos que potencializam certas capacidades preexistentes nos indivíduos, amplia as habilidades pessoais, incluindo as suas habilidades ocultas, tais como a capacidade para reduzir a experiência subjetiva de dor ou a capacidade para adaptar-se melhor a uma modificação nas circunstâncias. A hipnose fortalece as pessoas para descobrirem e desenvolverem forças nelas mesmas, que elas não sabiam que tinham, e as consequências na vida das pessoas frequentemente são nada menos do que extraordinárias.
A hipnose é uma situação ou conjunto de procedimentos nos quais uma pessoa designada hipnólogo sugere que uma outra pessoa designada paciente, experiencie várias modificações na sensação, percepção, cognição ou no controle sobre o comportamento motor. A hipnose é meramente o uso de sugestão, atenção focalizada em um relacionamento terapêutico, para auxiliar o paciente a modificar a percepção, emoção e/ou comportamento. O paciente durante a hipnose, aprende a modificar o seu estilo de vida, o que ele pensa e como ele pensa influencia como o seu corpo reage.
Mas atenção, somente profissionais capacitados e especializados podem realizar a hipnoterapia!
Referências Bibliográficas:
FERREIRA, MVC. Tratamento coadjuvante pela Hipnose. Rio de Janeiro, RJ. Editora Atheneu, 2008.
SILVA RT. Hipnose e obesidade. Anais do VII Congresso Pan-Americano de Hipnologia e Medicina Psicossomática, Belo Horizonte, 1982.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


Hipnose e infertilidade

Não existem muitos estudos que comprovem que a hipnose seja um tratamento eficaz contra a infertilidade. Todavia, cada vez mais aparecem estudos com resultados impressionantes. Um deles até sugere que a hipnose consegue dobrar a chance de uma mulherengravidar quando feita em conjunto com a fertilização in vitro  (FIV) [fonte: Diário de Fertilidade e Esterilidade]. Assim como a acupuntura, a hipnose possui uma longa história e foi até mesmo incluída na medicina ocidental desde o fim do século 19, quando os médicos a utilizavam para auxiliar na sedação de pacientes emcirurgia.

O processo da hipnose geralmente começa quando um terapeuta habilitado pede a uma pessoa que direcione sua atenção para um ponto ou ideia específica. Isso resulta em um estado de sonolência ou transe em que o paciente se torna mais receptivo a sugestões. Quando a hipnose é utilizada para tratar doenças, vícios ou sintomas, é conhecida comohipnoterapia.

Acredita-se que a hipnoterapia seja um tratamento eficaz para uma variedade de doenças, incluindo ansiedade, insônia, gerenciamento da dor e doenças relacionadas ao cansaço. Algumas mulheres usam a hipnoterapia para aliviar dores ligadas ao trabalho. O sucesso da hipnoterapia é atribuído aos mesmos fatores observados na acupuntura. Pacientes que estão passando pela hipnoterapia podem ser capazes de diminuir a pressão arterial ou melhorar a função do sistema imunológico, os quais podem ser benéficos para uma mulher que deseja engravidar. As mulheres também podem ser capazes de equilibrar seus níveis hormonais, o que pode aumentar as chances de gravidez. Outro benefício inclui a redução de padrões de estilo de vida não saudáveis, como o fumo e a obesidade, que podem diminuir a fertilidade em homens e mulheres.

Entretanto, em caso de infertilidade, o efeito da hipnoterapia sobre a ansiedade e o cansaço pode ser o fator mais importante. A hipnoterapia pode ser eficaz sozinha, mas muitos estudos focam a hipnoterapia usada em conjunto com a fertilização in vitro.

Em 2006, uma equipe da Universidade Soroka, em Israel, acompanhou mulheres que passavam pelo processo de fertilização in vitro. Algumas delas foram hipnotizadas durante o estágio de transferência do embrião, um processo cansativo que pode ser impedido por contrações uterinas. O estudo mostrou que 28% das mulheres hipnotizadas engravidaram, comparado aos 14% das mulheres que não receberam a hipnoterapia. Os pesquisadores atribuíram o sucesso da hipnoterapia ao relaxamento, que pode ter reduzido as contrações uterinas [fonte: Our Jerusalem (em inglês)].

Mas os críticos não ficaram convencidos. Muitos deles apontam para as falhas da pesquisa que poderiam invalidar as descobertas. Apesar disso, o estudo teve um impacto ao estimular outros estudos sobre os efeitos da hipnoterapia na infertilidade.

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Matéria originalmente publicada no site HowStuffWorks, no seguinte link:

Hipnose em Dermatologia


Pele e Psiquismo 

Considera-se que a mente tem dois aspectos: a parte consciente e a parte inconsciente. A mente consciente, que focaliza nossa atenção a cada momento, processa apenas cinco a sete estímulos simultaneamente. O que ultrapassar esse limite é excluído da mente consciente.

Todo o resto da nossa vida, das nossas ações e dos processos orgânicos se desenvolve sem que precisemos ter a atenção fixada neles, ou seja, ocorre sem que deles tomemos conhecimento, portanto fora da nossa consciência.

A mente inconsciente é o reservatório de todas as experiências vividas e das funções automáticas e perfaz pelo menos 98% de nossa vida mental. Todo aprendizado, toda mudança e todo comportamento são inconscientes. O consciente está sob nosso domínio a cada momento; podemos escolher sobre o que fixamos nossa atenção. O inconsciente não está sob nosso domínio e, por outro lado, domina nossa vida e tem poder ilimitado.

Se trabalharmos com o inconsciente, poderemos realizar coisas que estão fora do domínio consciente. Todos já tiveram a experiência de, numa situação extrema, conseguir fazer alguma coisa antes inimaginável. Após o fato passado, chega a dizer: “Não sei como consegui fazer o que fiz!” Ou seja, fez algo que não acreditava ter capacidade para fazer e fez movido por alguma força fora da sua atenção consciente.

O que é Hipnose

Essa capacidade desconhecida é o campo de ação da hipnose, hoje aceita como recurso médico, mas que é ignorada pela larga maioria dos profissionais da medicina. A hipnose nos permite dissociar as duas partes da mente, ter acesso aos poderes do inconsciente e induzir um estado de transe natural para o fim específico de benefício da pessoa, no caso da hipnose terapêutica.

Na definição de Fabio Puentes é: “um estado de concentração incrementada, que clarifica a mente e elimina toda negatividade, no qual as sugestões se realizam com uma potência muito maior da que é possível em condições normais”.
Durante a hipnose ocorre um estágio de pré-sonolência, consciência passiva e sensação de paz. Isso produz descontração muscular, relaxamento e calma. É um estado intermediário entre a vigília e o sono fisiológico.

Nessa situação, reduz-se o campo da consciência, cessa a percepção crítica e abre-se o caminho para atuar sobre o inconsciente. As sugestões dadas em estado de sono hipnótico atingem a mente inconsciente e exercem influência sobre o comportamento e os sentimentos sem a participação intencional da pessoa.

Da mesma forma que as crenças inconscientes levam a pessoa a agir sempre de determinadas formas, uma sugestão hipnótica é capaz de alterar condições fisiológicas, psicológicas e comportamentais sem que a pessoa se dê conta de como ocorreu a mudança.

Tipos de indução hipnótica

A hipnose pode ser induzida em adultos por diversos métodos que focalizem a atenção, acalmem ou produzam monotonia ou confusão. Relaxamento muscular é um método eficiente. Nem toda hipnose exige relaxamento. Sempre que se está em profunda concentração pode-se estar em estado hipnótico. Isso ocorre quando alguém está em atividade, comocorrendo, nadando, dançando completamente absorvido pelo que está fazendo e, conseqüentemente, desligado de qualquer outra coisa que esteja acontecendo em volta.

Quando está totalmente absorto por uma leitura ou pela assistência a um filme ou por um pensamento ou numa prática religiosa da mesma forma está hipnotizada. Pode-se considerar que todas as pessoas já foram de alguma forma hipnotizadas e passam por rápidos transes hipnóticos várias vezes por dia.

Também pode ser induzida por meio de uma linguagem especial, com o emprego de termos específicos e diferenciados para cada pessoa e utilizando coisas da própria pessoa, ao invés de induzir um transe formal. Em crianças, a hipnose pode ser induzida levando-as a imaginar que estão assistindo a televisão ou a um filme ou empregando algum meio de distração.

Aplicação em Dermatologia

A hipnose não é tratamento nem psicoterapia, mas um recurso auxiliar que consiste de consciência estreitada e seletiva, atenção focalizada e restrita e elevada sugestibilidade. Pode regular o fluxo sanguíneo e outras funções autônomas, que não estão normalmente sob o controle consciente.

Em dermatologia, pode diminuir a dor na pele, o prurido, intervir em aspectos psicossomáticos de doenças cutâneas e levar à resolução ou controle de algumas dermatoses, como verrugas vulgares, psoríase, dermatite atópica, urticária, acne escoriada, alopecia areata, eritrodermia ictiosiforme congênita, dermatite disidrosiforme, eritromelalgia, furunculose, glossodinia, herpes simples, hiperidrose, ictiose vulgar, líquen plano, neurodermite, dermatite numular, nevralgia pós-herpética, rosácea, tricotilomania e vitiligo, segundo Philip D. Shenefelt, professor associado da Divisão de Dermatologia e Cirurgia Cutânea da Faculdade de Medicina da South Florida University.

Esse autor afirma que, entre as vantagens da hipnoterapia médica, estão a capacidade de obter resposta, quando outras modalidades de tratamento falharam, a possibilidade de reduzir recidivas e o poder dos pacientes de se tratarem e alcançarem um senso de controle, se forem treinados em auto-hipnose, a ausência de toxicidade e a relação custo-eficácia.

A aplicação deste tratamento pode ter como resultado pacientes satisfeitos e agradecidos, por sentirem o imediato efeito do método e perceberem, às vezes instantaneamente, o desaparecimento do incômodo. O trabalho pode visar a transformação da causa-raiz, a eliminação do sintoma ou a modificação da resposta condicionada ao sintoma.

Isso dependerá da história a ser colhida do paciente antes de realmente se proceder o tratamento e será orientado primeiramente para aquilo que for mais importante para o paciente.

Casos clínicos

Uma paciente se queixava de prurido em várias áreas da pele, que se manifestava com intensidade de quatro a seis vezes por dia, havia dois anos e meio. Já fora tratada com toda sorte de medicamentos indicados para o caso, principalmente corticosteróides, anti-histamínicos e ansiolíticos. A pele apresentava áreas de espessamento e escurecimento em virtude do atrito frequente.

Na anamnese, verificamos que a paciente se recordava do momento de início do sintoma, que havia sido um conflito entre suas perspectivas estabelecidas à época e uma nova realidade, que impedia seus planos de serem realizados. Feita uma sessão de hipnose com sugestão de recuperação da pele, na segunda sessão a paciente se dizia menos ansiosa, a pele estava com melhor textura e o prurido se manifestava somente uma a duas vezes por dia.

Foi dada, então, a sugestão de que a atividade que fora obrigada a desenvolver, que não correspondia a seus desejos, teve uma finalidade elevada e que fora muito benéfica para ela e sua família. Na terceira sessão, a pele estava curada e só sentia leve prurido em uma pequena área. Na quarta sessão, não havia mais sinal de lesão cutânea e o prurido tinha desaparecido.
Outra paciente, apresentava manchas de vitiligo no rosto, que vinham sendo tratadas havia alguns anos. Prescrevemos apenas um creme para o rosto e iniciamos sessões de hipnose com sugestão de repigmentação. Na segunda sessão, a pele alterada já tinha intensa repigmentação. Na terceira sessão, a repigmentação era quase completa.

Entre a primeira e a terceira sessões decorreram apenas quatro semanas. As manchas de vitiligo normalmente levam meses para começar a ter início de repigmentação.

Outra paciente, sofria de manchas brancas, típicas de vitiligo, no lado esquerdo do rosto, desde o supercílio até atrás da orelha. Também foi prescrito um creme e iniciaram-se sessões quinzenais de hipnose. Após oito sessões, que levaram três meses, a recuperação já era de 70%.

Outra paciente era alérgica a ácido acetil-salicílico, procaína e sulfa e veio a consulta com queixa de urticária, acompanhada de intenso prurido, que durava já mais de dois meses. Tinha sido tratada com os medicamentos indicados para a doença, que foram anti-histamínicos, antipruriginosos e cremes de corticosteróides sem nenhuma melhora. Relatou estar muito tensa por um problema familiar, que já deveria ter sido resolvido, mas por motivo profissional, prolongava-se e estava sem término previsível.

Foi mantido o medicamento anti-histamínico e foi feita uma sessão de hipnose com foco na solução do problema. Na semana seguinte, por ocasião da segunda sessão, não havia mais empolação nem coceira. A paciente não precisou voltar para a terceira sessão.
Colaboração: Dr. Roberto Azambuja - Dermatologista


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Matéria originalmente publicada pelo site Dermatologia.net, no seguinte link: